Contato para Atendimento Psicopedagógico
O diagnóstico e atendimento psicopedagógico poderá ser realizado na escola, pois é no "espaço-escola" que os sintomas se manifestam causando mal-estar nas relações entre professor x aluno, colegas.
Por estar em contato regular com Escolas, percebo que a maior parte dos encaminhamentos não são realizados pela família. A Escola identifica uma dificuldade específica, e encaminha para um especialista. Muitas vezes, os responsáveis não dão andamento porque têm dificuldade para acompanhar o filho(a) em uma atividade extra-escolar. Por isso, o projeto de atendimento psicopedagógico na Escola foi criado para atender esse público específico.
O atendimento psicopedagógico está organizado na perspectiva psicanalítica a partir da lei simbólica, o que faculta ao sujeito-aluno se inscrever diante desta lei no percurso dos atendimentos.
Nesse campo, os exageros e a rigidez são deixados à parte, buscando um ponto de equilíbrio entre os poderes da consciência, da razão, com aquele aluno que se encontra impedido na construção de seu processo de aprendizagem ou apresenta-se com dificuldades de manter uma relação harmoniosa com seus pares.
Nesse processo, busca-se uma mobilização de todos os envolvidos, e principalmente, o aluno. A mobilização é interna e supõe um desejo do próprio aluno. É essa mobilização que dá sentido a atividade intelectual e aos novos saberes ou conhecimentos - desejo do próprio sujeito.
A mobilização vai depender do que motiva o aluno buscar aquele conhecimento ou aquele relacionamento, e da relação que se constitui entre ela e aquele que lhe quer ensinar algo.
Após o diagnóstico, o esclarecimento dos pontos que exigem mudança de atitude por parte da Escola e da família é a chave para a compreensão diagnóstica do sintoma apresentado pelo aluno e prosseguimento do atendimento Psicopedagógico.
O objetivo neste momento e de revelar aos pais a importância de eles assumirem o compromisso com a Escola e autorizar a entrada da psicopedagoga na relação -, ver a dimensão real do sintoma apresentado pelo seu filho(a).
Não há uma metodologia para os atendimentos psicopedagógicos, nem tempo determinado, mas há uma teoria da técnica e dos critérios, pois tudo acontece na verdade de cada caso.
Maria Teixeira
Psicopedagoga e especialista em linguagem
m.teixeira@uol.com.br - Cel.: 985825545